Orvile Tucunduva Westin, de 98 anos, morador de São José do Rio Preto (SP), mantém a mesma conta bancária há 80 anos. Até os dias atuais usa talão de cheque e não abre mão do conservadorismo.
Orvile é aposentado do Banco do Brasil. Trabalhou durante 50 anos na instituição financeira e inclusive atingiu o último degrau de carreira antes de encerrar as atividades.
Ele lembra que abriu a conta bancária em junho de 1944, quando trabalhava no banco. A moeda vigente na época era o cruzeiro. Desde muito jovem sempre colocou a mão na massa para se sustentar.
Westin se aposentou em 1974. Teve vários cargos de destaque durante a profissão, entre eles o de gerente.
Mesmo com o passar dos anos, ele nunca abandonou o talão de cheque e até os dias atuais costuma escrever, assiná-los e emiti-los. Diz sentir mais segurança em utilizá-los.
Quando vai entregar em algum estabelecimento comercial, muitas pessoas ficam espantadas e em alguns lugares não aceitam.
O aposentado fala com orgulho sobre o histórico dele enquanto cidadão e diz que nunca foi devedor. Sempre procurou se organizar para manter os boletos em dia e foi isso que o ajudou a manter a mesma conta bancária durante tantos anos:
“Sinto que eu tenho credibilidade afinal, são 80 anos que faço o uso dela (a conta) e nunca dei cheque sem fundo”, explica.
Westin diz também que quando precisa usar o cartão de crédito tem um pouco de dificuldade. Além do receio por conta dos golpes que são aplicados atualmente, por meio de dispositivos digitais:
“Uso o cartão quando não aceitam o cheque. Tenho bastante dificuldade em lidar com a nova tecnologia”, finaliza.
Após a aposentadoria, aos 49 anos, Orvile mudou-se para São José do Rio Preto onde vive com a esposa, Maria Aparecida Caran Westin.
Ela afirma estar feliz pelo fato do marido sempre ser muito correto no que diz respeito a dinheiro. Tem o hábito de comentar com amigos e em algumas situações o espanto é muito grande, principalmente por conta do uso dos cheques.
Fonte: https://g1.globo.com
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